quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sincronicidade

O termo "sincronicidade", (do grego syn, junto, e chronos, tempo) também chamado de "coincidência significativa", foi criado  por Carl Gustav Jung para conceituar  os fenômenos que não estão relacionados através de causa e efeito, mas que estão ligados através de significados semelhantes.

A sincronicidade ocorre entre o estado psíquico de uma determinada pessoa e:

- Um fato objetivo externo e independente dela que corresponde ao seu estado psíquico, mais sem possibilidade de conexão, ainda que ocorra de modo simultâneo no mesmo espaço e tempo.

- Um fato objetivo correspondente ao estado psíquico da pessoa, simultâneo, mas fora do campo de observação.

- Um fato objetivo e externo correspondente ao estado psíquico da pessoa, mas que não ocorre ao mesmo tempo e só pode ser verificado no futuro. Neste caso, Jung aplica o termo "Estado Sincronístico".

Sincronicidade era para Jung todos os fenômenos sem relação de causa e efeito, mas significativos entre o psiquismo do indivíduo e ocorrências no mundo exterior. Ou seja em alguns momentos determinados eventos ocorrem ao mesmo tempo em nosso mundo interior e no mundo exterior, sem uma conexão causal, eles simplesmente acontecem.  E são sempre "coincidências" repletas de simbolismo, que não podem ser previstas ou provocadas.
Entre os sensitivos e médiuns,  o fenômeno da sincronicidade ocorre com maior frequência.

Os eventos ligados aos fenômenos da percepção extra-sensorial são considerados por Jung como integrantes da sincronicidade. Em função disso, estudou alquimia, astrologia, I Ching, Tarot.

De modo simplificado, na leitura do baralho cigano, a pergunta falada ou pensada pelo consulente é o componente psíquico e a carta por ele escolhida (simultaneamente enquanto pensa ou fala) é a situação externa e objetiva que "coincide com seu momento interno".
E  a interpretação da mensagem contida no simbolismo da carta deve ser sentida, intuída e captada por quem realiza a leitura, traduzindo para o consulente a resposta do oráculo.

Exemplos 


- Estado psíquico:                          Carta 
   desconfiança de roubo                           Rato                
   desconfiança de traição                         Cobra
   medo de morrer, pensar em morte         Caixão
   saber se vai casar                                 Anel/Aliança                                                                                      
 
Entendendo que o fato das cartas escolhidas pelo consulente corresponderem simbolicamente a situação exata de sua pergunta, não conclui cabalmente a resposta definitiva e a conclusão da questão.
O consulente tira a carta do caixão, porque está pensando muito que vai morrer logo, a carta escolhida reflete o estado psíquico dele (medo de morte) mas não garante que ele vai morrer e sim que está pensando muito nisso.


Crédito da imagem
http://selfterapias.com.br/sincronicidade/

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