quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estudo do Baralho Cigano: Noção de Arquétipo



Texto de Claudia Baibich

Existem ideias ou padrões  universais presentes em todas as culturas e que possuem significados atemporais, sendo percebidos, experenciados  e identificados somente através da manifestação simbólica. Essa manifestação da-se por meio de imagens e fortes emoções.
Encontram-se além da consciência e são adquiridos de forma hereditária, representando o aspecto psíquico do cérebro, segundo a interpretação Junguiana:


Jung escreveu que “Os arquétipos são sistemas de prontidão que são ao
mesmo tempo imagens e emoções. São hereditários como a estrutura do cérebro. Na
verdade é o aspecto psíquico do cérebro. Constituem, por um lado, um preconceito
instintivo muito forte e, por outro lado, são os mais eficientes auxiliares das
adaptações instintivas. Propriamente falando, são a parte ctônica da psique – se
assim podemos falar – aquela parte através da qual a psique está vinculada a
natureza, ou pelo menos em que seus vínculos com a terra e o mundo aparecem
claramente. Os arquétipos são formas típicas de comportamento que, ao se
tornarem conscientes, assumem o aspecto de representações, como tudo o que se
torna conteúdo da consciência. Os arquétipos são anteriores à consciência e,
provavelmente, são eles que formam os dominantes estruturais da psique em geral,
assemelhando-se ao sistema axial dos cristais que existe em potência na água -mãe,
mas não é diretamente perceptível pela observação. Do ponto de vista empírico,
contudo, o arquétipo jamais se forma no interior da vida orgânica em geral. Ele
aparece ao mesmo tempo que a vida. “Dei o nome de arquétipos a esses padrões,
valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um “Typos”
(impressão, marca -impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos,
que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em
forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore.”
Através da análise arquetípica, percebe-se o padrão de comportamento que está atuando na pessoa, através  da manifestação de um ou  mais arquétipos de modo constante e recorrente ou de maneira eventual.

Esses arquétipos podem ser:
do herói salvador;
do velho sábio;
da donzela que necessita de proteção;
da sedutora histérica que tem prazer apenas em seduzir e não vive sua paixão;
da sacerdotisa;
da mãe castradora;
do louco;
do monge solitário,
do guerreiro que necessita conquistar;
do predador que necessita destruir;
do mago que necessita controlar almas e mentes;
da velha  bruxa;
do líder;
do pecador que precisa punir a si mesmo;
do jovem que precisa que lhe indiquem o caminho;
do auto destruidor que não permite a própria felicidade;
da morte á qual todos estão fadados;
da impotência;
do castigo divino e a ira de Deus;
Todos esses arquétipos apresentam uma dualidade e descrevem aspectos positivos e negativos, pois eu posso liderar um grupo de resgate e salvamento ou liderar um atentado terrorista, é o mesmo arquétipo  que está atuando em mim.
Eu tenho que aprender a escolher a forma de usar essa energia primordial e vital, tenho que procurar me conhecer e decidir se fico preso a roda das encarnações, sempre nas mesmas lições ou se escolho a libertação através do crescimento e do aprendizado com os erros recorrentes.
É preciso estar cônscio de que se tenho que viver e aprender algo, não adianta adiar, adiar e adiar, minha vida não muda, minha essência fica estagnada se não resolvo o que tem que ser resolvido.
É como se vivêssemos eternamente o mesmo conto, escrito pelo mesmo autor e dirigido pelo mesmo diretor, apenas circunstancialmente adpatado.

E o que isso tem a ver com Baralho Cigano, Tarot, Astrologia, Runas, Numerologia, etc...

TUDO!
Aliás tem relação com muito mais.

Um abraço e muita Paz.
Continuamos nossos estudos semana que vem.

Sugestão: Analisem o que acontece de modo recorrente em sua vida, como são seus relacionamentos, seu trabalho, seu dinheiro, suas necessidades, etc.
Abra-se para a percepção de si mesmo.

CLAUDIA BAIBICH

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